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Post by wodouvhaox Fri Dec 30, 2016 11:14 am

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Quando a religião hiper-real Discordianismo (o culto da deusa do caos, da discórdia, da confusão, da burocracia e das relações internacionais – Éris) encontra o renovador existencialismo do escritor franco-argelino Albert Camus, com o seu complexo e libertador conceito d’o Absurdo, nasce a seita do Absurdianismo. Incorporando também elementos do Budismo Theravada, da Thelema, de outros filósofos e filosofias, forma um pot-pourri refrescante capaz de esclarecer e obscurecer a mente de seus adeptos.

—> Entenda o Absurdo da sua vida e de Sísifo, segundo Albert Camus <—


Discórdia e Caos

O universo e tudo o que há nele parece não obedecer a regras definidas e rígidas como as defendidas pela ciência tradicional, como temos observado nos últimos 100 anos com a confusão dos físicos e matemáticos que se veem incapazes de conciliar suas teorias diante do modelo relativista em contraposição ao modelo quântico.

Em paralelo, a Biologia de Darwin e Dawkins corroboram com o pressuposto de que, apesar de haver sempre uma causa e um efeito, não há metas sagradas na existência. Em última análise, nossos “genes egoístas” tentam sobreviver e se perpetuar, mas não visam existir para louvar algum deus ou desfrutar de uma pós-vida utópica.

O próprio surgimento do Todo, de acordo com a teoria do big bang, consente com a natureza caótica do universo, desde a primeira partícula (e sua antagonista) até a contínua expansão que acontece neste exato momento, quiçá até mesmo entre outros universos.

Na figura da deusa Éris encontramos o pseudoconforto das religiões tradicionais, admirando e atribuindo à Ela a miríade de acontecimentos surpreendentemente bizarros, caóticos, sem sentido, razão ou explicação que vivenciamos diariamente. Uma metarreligião que (não) explica nossa pararrealidade e nos mantém agnósticos em relação a qualquer coisa. Como afirmava um bispo, papa e santo discordiano:

   “Crença é a morte do pensamento.”

   — Robert Anton Wilson


Absurdo

Sendo o Todo uma grande sopa de elementos e eventos aleatórios, a partir do momento em que a nossa espécie pondera sobre a sua existência, ela acaba se deparando com as questões mais básicas da Filosofia como “por que estou aqui?” e “qual é o sentido disso?”. O que normalmente não é levado em consideração é o fato de que a atribuição de sentido às coisas é um hábito exclusivamente humano, que busca encontrar propósito em seus atos e, num tipo de projeção universal, espera enxergar propósito em tudo.


A prática do Absurdianismo

Em suma, vivemos em um universo de aleatoriedades, fazemos parte de uma espécie que busca se sentir especial e superior – que anseia por razões para sua existência –, mergulhada no caos e rejeitando tudo o que nos causa aflição e medo.

Esse apego à ilusória noção de segurança, linearidade e metas causa uma cegueira existencial em nossa espécie, fazendo com que tragicamente desperdicemos nosso curto tempo percebido de existência presos ao passado, às expectativas sobre o futuro e ruminando conceitos ilógicos.

No lugar dessa miserável condição automatizada, a nossa proposta consiste basicamente em:

-   Aceitar o caos intrínseco em tudo o que podemos perceber, inclusive sobre a nossa percepção sobre tudo;
-   Reconhecer o Absurdo da nossa existência, mecanicamente repetitiva e desprovida de respostas, entendendo que não devemos esperar por maiores significados senão o de buscar a melhor forma de existir;
-   Perceber que nossa mente é constantemente sequestrada por anseios ancestrais da nossa fisiologia, ditando nosso comportamento como reféns de apegos supérfluos, de interpretações literais e limitantes sobre tudo;
-   Descobrir as verdadeiras fontes de satisfação para si, além de seus condicionamentos externos e internos, para encontrar o seu melhor e exclusivo caminho.

A evolução e o progresso dependem da determinação de cada indivíduo em suas atividades que incluem, mas não se restringem a: estudar muito, ler muito, meditar de diversas formas, respirar como um yogi, praticar exercícios de alteração da própria psiquê, utilizar simbolismos e recursos cênicos para promover mudanças psicológicas, buscar a anulação do ego, experimentar coisas diferentes, discutir com pessoas de todo o tipo sobre assuntos diversos, adotar e amar um gato vira-latas, contradizer-se e contrariar-se, fingir ser alguém diferente (e se tornar alguém diferente), prestar atenção em como as pessoas mudam, perceber como a ideia de sentido faz com que tudo pareça não ter sentido, explorar o humor (riso, histeria, apatia, raiva), libertar-se de apegos, escutar Black Sabbath, mudar completamente a sua dieta, tentar defender ideologias políticas contrárias às que prefere, descobrir a sexualidade e o poder da libido, tornar-se um observador dentro de sua própria mente, aprender outra língua, escrever coisas deliberadamente sem sentido, observar o fluxo de pensamentos em sua consciência, dormir na rua, usar alguma substância psicotrópica ou abster-se delas, aprender os antigos segredos dos Illuminati, colar stickers que induzam à reflexão, compartilhar memes cujo humor esteja no rompimento de alguma linearidade, enviar dinheiro à igreja do SubGênio, tentar ler “Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido” ou “Liber Null”, dançar sem roupas na varanda, aceitar a dor, tomar consciência de que está sentado quando estiver sentado, conversar com o sagrado anjo guardião, analisar a semântica da sua linguagem e praticar o ptBR-prime, desmistificar as ideias do Mestre Therion, adorar personalidades notáveis da História, praticar a iconoclastia e não adorar ninguém, ser egoísta com prudência e sabendo que isso é bom para todos, tomar bastante água, passar algumas noites sem dormir, montar um altar para um personagem fictício, curtir publicações polêmicas que farão seus conhecidos ficarem confusos, tirar fotos de si mesmo a partir de ângulos inéditos, visitar um cemitério e tentar sentir saudade de desconhecidos, atacar e também defender todas as crenças religiosas que conhece, ler “Dogma Daze” e partir para a abstinência, viajar pelo mundo ou apenas em seu subconsciente, não acreditar em nada do que ouvir, ver ou ler.


História da O.·.AB.·.

Formada inicialmente por cinco membros (cada um com o grau de Ipsissimus Perfectus), que convidaram 18 novos membros (grau Magus Sagax), a ordem logo cresceu para o impressionante número de 1932 membros secretos (Practicus Asinus). Onze deles já foram elevados ao grau de Adeptus Minimis e atualmente o culto conta com um total de 2006 membros aprovados no Ritual de Purificação Encefalopólio.

Apesar da rigorosa hierarquia e dos segredos mais obscuros dos Illuminati serem mantidos apenas nos altos escalões, a Ordem do Absurdianismo (O.·.AB.·.) é uma organização fraternal descentralizada com objetivos humanitários e de desenvolvimento da psiquê humana por meio do ensinamento e prática de atualizados ritos ocultos.

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http://discordiabrasilis.wordpress.com/

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